segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Um Sonho Sobre um Estranho Mar





Elas estavam se divertindo... ao todo, eram 6.
O começo daquele encontro havia sido conturbado: Lorenna, a mais
velha do grupo, estava voltando do trabalho e deveria encontrar seu
chefe para uma espécie de conspiração na qual alguns membros de
sua instituição estavam envolvidos... Seria um tipo de confronto, e o
outro grupo nada sabia do deles.
Antes de chegar de vez ao local marcado, ela passaria por ele
enquanto estivesse indo pra casa, mas isso não seria problema, até
onde sabia, o grupo opositor não conhecia os rostos do seu... Será?
Lorenna desce do onibus e se depara com o líder da oposição...
Ao longe, ele a encara. Ela baixa os olhos, aperta o passo... ele vai ao
seu encontro, a segue, a alcança! Chega chamando-a pelo nome que
lê em sua farda, seu segundo nome, ela o corrige: - Lorenna. Pois não?
Ele prossegue, convida-a para fazer parte do confronto em seu grupo.
Ele não sabe quem ela é. Ou saberia?
Lorenna se esquiva, diz que tem que ir pra faculdade, que saiu cedo
do trabalho pra isso e sai em disparada! Passa em casa, troca a roupa
e vai, temerosa, encontrar seu grupo no local do confronto. Ela ainda
não o conhecia, não tinha ido a nenhum dos treinos, ela não pôde,
ela não quis... Reconhece alguns rostos, a maioria eram mulheres.
Uma delas se aproxima, já a tinha visto, mas não a conhecia bem.
O confronto foi cancelado - diz a garota - O líder da oposição,
simplesmente, fugiu..
Lorenna não entende... há pouco ele parecia determinado, tentando
convencê-la a ajudá-lo, parecia confiante!
Lorenna, realmente, não entende.

A cena muda, ela e as outras cinco mencionadas no inicio estavam
numa especie de parque.. não! Floresta. Aquilo, definitivamente era
uma floresta.. Ela identifica suas companheiras: Karol, uma amiga que
há tempos não via e que parecia bem mais nova do que deveria estar;
Nara e Anne, suas irmãs mais novas; Amanda, sua melhor amiga da
adolescência; e Larissa Tamara, amigas de sua irmã Anne e, por
consequência, suas também.
As meninas corriam eufóricas rumo a uma gruta de pedras e Lorenna
tentava acompanhá-las, entender pra onde estavam indo, ela ainda
não havia assimilado que não estava mais no confronto.
De repente, ela assimila, descobre onde está e fala:
- Mas, não é perigoso? Soube que quem entra aí nunca volta!
Uma delas responde: Volta sim, que a Karol ja foi e voltou!
Lorenna lembrou então da antiga história...
Ao entrarem na gruta Lorenna percebe que estavam todas usando
uma especie de segunda pele e, após escadas e escadas, tudo já
está muito escuro e elas chegam a um tipo de escorregador aquático
natural. Lorenna sente que chegou o ponto crucial:
Aquele escorregador era o portal.
Elas decidem quem vai na frente e a escolhida é NaraLorenna a
próxima e as outras atrás. Começa a descida e elas deparam-se
com umas criaturas pequenas, parecidas crianças vestindo o mesmo
que elas, mas a deles acende no escuro.. pareciam duendes com
caras trancadas e olhos bem negros. Elas vinham subindo, contra
a gravidade! Nara tem medo, se desespera, grita, tenta parar...
o peso de Lorenna a empurra... não tem volta.
Pelo menos não que Lorenna conheça.
Depois de minutos descendo e gritando elas chegam ao fim do
apertado escorregador: é um mundo de pessoas normais como elas,
mas, com uma estranha diferença:
Eles não podem entrar nem tocar no mar!
Vivem em uma casa dentro de uma enorme bolha de plástico,
bem na praia, olhando o dia inteiro pro mar.
Há uma porta na bolha, direto aberta.. Lá fora, mais pessoas,
elas não sabem qual delas veio do mundo de cima, do mundo delas,
a quem o mar é proibido... elas se misturam.
Tamara se fascina com o mar, não acredita que não pode mais
toca-lo, ela quer ir até ele, mergulhar!
Uma mulher alerta as garotas:
'Não adianta.. o próprio mar fugirá de vocês.
Uma vez que estão aqui, estão presas a essa condição.'
Tamara Lorenna riem. Lorenna fala:
É ridículo! Se eu entrar no mar ele não vai me molhar?
Uma onda enorme se forma, quebra bem na praia, muito
próximo da bolha e cai bem na divisa, tocando apenas
um telhado acima das meninas, enfileiradas olhando a cena.
A mulher dá de ombros e sai.
Tamara Lorenna saem da bolha, sentem a areia da praia...
as outras observam lá de dentro.
Outra onda se forma. Lorenna corre ao seu encontro,
quer provar que pode tocá-la, pára onde a onda deveria
cair com força. A onda quebra, vem... e se desfaz no ar,
antes de chegar em Lorenna!
As meninas olham assustadas, Lorenna está confusa, frustrada.
Tamara não se dá por convencida, corre pro mar. Uma onda
vem e, para surpresa das meninas, a onda toca em seus pés.
Tamara sorri vitoriosa e senta na areia.
Uma outra onda se forma, vem, quebra e sai puxando Tamara
pelos pés. O sorriso da garota se desfaz, ela é abraçada pela
onda e grita! Um homem salta pra salvá-la, agarra Tamara e a
puxa de volta a areia. Outra onda vem... tenta puxar Tamara
dos braços do homem... o mar parece querer Tamara!
A garota se recupera do susto mas não tira os olhos do mar.
Lorenna a observa.
Tamara se levanta vai em direção à água.
- Se ele me quer, devo ir. - Ela fala.
Todas em pânico, Tamara vai rumo a um barco que esta
encostado na praia. As ondas rugindo. Ela caminha. Ninguém reage...
Eu acordo.

3 comentários:

Michelly Bélier disse...

Amores, este foi um sonho que eu tive esta noite..
Me impressionou tanto que quis narrá-lo e
publicá-lo aqui..
Comentem, interpretem..
E, quem tiver um sonho que queira compartilhar,
basta me enviar que eu posto..
Bjinhos,
Mi' Bélier

Paty Gocalita disse...

Eu fiquei bem chocada com esse sonho ...
não me vem nada em mente a respeito..
Agora que é no minimo estranho.Ah! isso é!
Excelente post!

Michelly Bélier disse...

Obrigada, amiga..
Foi estranho e muito real!
Acordei meio que sem acordar..
=*

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