quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Conheça Florbela Espanca


"Quem me dera encontrar o verso puro, O verso altivo e forte, estranho e duro, Que dissesse a chorar isto que sinto!" (Florbela Espanca)


No dia 8 de dezembro de 1894 nasce a poetisa portuguesa de maior reconhecimento da história da literatura Flor Bela Lobo. Mesmo antes de seu nascimento, a vida de Florbela Espanca já estava marcada pelo inesperado, pelo dramático, pelo incomum.
Entra para o curso primário em 1899, passando a assinar Flor d’Alma da Conceição Espanca. O pai de Florbela foi em 1900 um dos introdutores do cinematógrafo em Portugal. A mesma paixão pela fotografia o levará a abrir um estúdio em Évora, despertando na filha a mesma paixão e tomando-a como modelo favorita, razão pela qual a iconografia de Florbela, principalmente feita pelo pai, é bastante extensa.
Em 1903, aos sete anos, faz seu primeiro poema, A Vida e a Morte. Desde o início é muito clara sua precocidade e preferência a temas mais escusos e melancólicos.
Em 1908 ingressa no Liceu de Évora, onde permanece até 1912. Foi uma das primeiras mulheres a ingressar no curso secundário, fato que não era visto com bons olhos pela sociedade e pelos professores do Liceu.
Em 1916, Florbela reúne uma seleção de sua produção poética de 1915 e inaugura o projeto Trocando Olhares, coletânea de 88 poemas e três contos. O caderno que deu origem ao projeto encontra-se na Biblioteca Nacional de Lisboa, contendo uma profusão de poemas, rabiscos e anotações que seriam mais tarde ponto de partida para duas antologias, onde os poemas já devidamente esclarecidos e emendados comporão o Livro de Mágoas e o Livro de Soror Saudade.
Em 1917 a poetisa completa o 11º ano do Curso Complementar de Letras, e logo após ingressa na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Em junho de 1919 sai o Livro de Mágoas, que apesar da poetisa não ser tão famosa faz bastante sucesso, esgotando-se rapidamente. Em 1921 Florbela passa a trabalhar em um novo projeto que a princípio se chamaria Livro do Nosso Amor ou Claustro de Quimeras. Por fim, torna-se o Livro de Soror Saudade, publicado em janeiro de 1923.
Em 1925 passa a colaborar no D. Nuno em Vila Viçosa, no ano de 1927, com os poemas que comporão o Charneca em Flor. Em carta ao diretor do D. Nuno fala da conclusão deste, e fala também da preparação de um livro de contos, provavelmente O Dominó Preto.
No mesmo ano Apeles, seu irmão, falece em um trágico acidente, fato que abalou demais a poetisa. Ela aferra-se à produção de As Máscaras do Destino, dedicando ao irmão. Mas então Florbela nunca mais será a mesma, sua doença se agrava bastante após o ocorrido.
Começa a escrever seu Diário de Último Ano em 1930. Passa a colaborar nas revistas Portugal Feminino e Civilização, trava também conhecimento com Guido Batelli, que se oferece para publicar Charneca em Flor. Florbela então revê em Matosinhos as provas do livro, depois de tentar o suicídio, período em que a neurose se agrava e é diagnosticado um edema pulmonar.
Em 2 de dezembro de 1930, Florbela encerra seu Diário do Último Ano com a seguinte frase: “..e não haver gestos novos nem palavras novas.”
Às duas horas do dia 8 de dezembro, no dia do seu aniversário de 36 anos, Florbela D’Alma da Conceição Espanca suicida-se em Matosinhos, ingerindo dois frascos de Veronal. Algumas décadas depois seus restos mortais são transportados para Vila Viçosa, segundo ela “..a terra alentejana a que entranhadamente quero”.
Quer saber mais?

2 comentários:

Paty Gocalita disse...

Flor Bela espanca .. é a sua cara ...
de certa forma a minha tbm..
foi bom aber mais dela.. eu não sabia nada! rs

Michelly Bélier disse...

Huum, que bom!!
Isso mesmo, agora vc sabe um pouco
dessa poetisa que com seus versos ja
marcou minha história, a tua, da Aury,
do George.. rsrs
Bjuu

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