O
tempo passou e eu não vi. Pra mim você ainda é aquela menina teimosa,
chorona... Que dizia que, quando crescesse, seria igual a mim. E quem ia negar,
se você já tinha tanto de mim em você?
Aquela
pequena que me rabiscava as agendas com tantos votos de admiração, que me
arrancava do fundo peito um sentimento precoce de mãe...
Pra
mim, eu ainda vou pentear seus cabelos e levá-la à escola com aquela trança que
você odiava! Ainda vou brigar com você e, depois, chorar escondido... E pedir
perdão, com medo que você deixe de me amar e admirar...
Pra
mim eu ainda vou sentir aquela mão pequena e macia que segurava a minha e
pesava... Você andava sempre a se pendurar!
Eu
ainda vou acordar um dia, qualquer dia, com aquele rostinho pequeno a me
encarar... Num sonho, numa filha que Deus irá me dar! Pois, não menos que isso
você é e sempre será: uma filha que eu só não tive a chance de gerar! E compensei
tudo nesse meu jeito falho, mas, sincero de amar. É como eu quero te guardar.
(Para minha irmã caçula, Mônica Ashley)
Por Michelly Bélier
(11.03.2013)
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